Neil Druckmann confirmou que os Vagalumes poderiam desenvolver uma cura em The Last of Us, o que destaca a complexidade moral da decisão de Joel ao salvar Ellie. Essa escolha impediu a criação de uma cura para a humanidade, mas preservou a vida de Ellie, gerando debates sobre sacrifício, amor e dilemas éticos em um mundo pós-apocalíptico.

O debate sobre a cura em The Last of Us ganhou novo fôlego com as declarações de Neil Druckmann.

Ele revelou que a intenção original era que os Vagalumes realmente conseguissem desenvolver uma cura, o que muda a perspectiva sobre a decisão de Joel no final do primeiro jogo.

Druckmann confirma a possibilidade de cura

No podcast Sacred Symbols, Neil Druckmann, cocriador de The Last of Us, confirmou que a intenção da equipe era que os Vagalumes realmente tivessem a capacidade de desenvolver uma cura para a infecção fúngica. Essa revelação lança uma nova luz sobre a narrativa, que sempre deixou a dúvida no ar.

Druckmann explicou que, embora a situação tenha sido deixada em aberto para interpretação, a resposta sobre a eficácia dos Vagalumes sempre esteve implícita. Ele reconheceu que a base científica por trás da história tem suas falhas, mas isso não diminui a possibilidade de que, com a ajuda de Ellie, os Vagalumes pudessem ter alcançado o sucesso.

A confirmação de Druckmann destaca a complexidade da escolha de Joel, que decide salvar Ellie ao custo da chance de salvar a humanidade. Essa decisão, agora com um novo contexto, provoca uma reflexão profunda sobre os valores humanos e o que estamos dispostos a sacrificar por aqueles que amamos.

Ainda segundo Druckmann, essa nova perspectiva torna a escolha de Joel mais interessante do ponto de vista filosófico, pois ele optou pela vida de uma “filha substituta” em detrimento do bem maior. Essa complexidade é um dos muitos fatores que tornam a narrativa de The Last of Us tão envolvente e emocional.

Impacto da decisão de Joel na narrativa

A decisão de Joel em The Last of Us de interromper o procedimento dos Vagalumes e salvar Ellie teve um impacto profundo na narrativa da franquia. Ao matar os médicos que estavam prestes a operar Ellie, Joel não apenas salvou a vida dela, mas também impediu a criação de uma cura que poderia ter salvado a humanidade da infecção fúngica.

Essa escolha, que muitos consideram egoísta, é um ponto central da história e provoca debates acalorados entre os fãs. A revelação de que os Vagalumes tinham uma chance real de desenvolver uma cura torna a decisão de Joel ainda mais complexa. Ele não apenas tirou a oportunidade de salvar Ellie, mas também a esperança de muitos outros que poderiam ter sido salvos.

Além disso, essa ação de Joel define o tom para os eventos do segundo jogo da franquia. As consequências de sua escolha reverberam através da narrativa, afetando não apenas a relação dele com Ellie, mas também com outros personagens e a sociedade em geral. A luta interna de Ellie para entender a decisão de Joel e o que isso significa para ela e para o mundo é um tema recorrente na sequência.

A decisão de Joel levanta questões filosóficas sobre sacrifício, amor e o que realmente significa ser humano em um mundo devastado. A escolha dele é um reflexo dos dilemas morais que muitos enfrentam em situações extremas, fazendo com que os jogadores reflitam sobre suas próprias convicções e valores.