PlayStation Plus: Aumento de Preço e Perda de Atratividade

  • Gustavo Santos
  • 1 semana atrás
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PlayStation Plus: Aumento de Preço e Perda de Atratividade

O PlayStation Plus enfrenta críticas devido aos recentes aumentos de preço entre 14,7% e 35%, sem melhorias no serviço, enquanto o Xbox Game Pass se destaca com lançamentos AAA no dia um e suporte ao streaming, colocando o PlayStation em uma posição desafiadora no mercado de assinaturas de jogos.

O PlayStation Plus está enfrentando um aumento significativo nos preços, levantando dúvidas sobre sua atratividade e valor real para os gamers.

Aumento expressivo nos preços

Os novos preços do PlayStation Plus mal foram anunciados e já trazem um impacto significativo para os assinantes. Para quem já possui o serviço, os reajustes oscilam entre 14,7% e 15,03%, enquanto novos usuários enfrentam aumentos expressivos, chegando a 35%.

Os valores atualizados dos planos anuais são os seguintes:

  1. Essential: passou de R$ 278,90 para R$ 319,90 (assinantes atuais) e R$ 359,90 (novos);
  2. Extra: subiu de R$ 475,90 para R$ 546,90 (atuais) e R$ 592,90 (novos);
  3. Deluxe: o mais caro, foi de R$ 538,90 para R$ 619,90 (atuais) e R$ 691,90 (novos).

Esse salto nos custos, porém, não veio acompanhado de melhorias perceptíveis no serviço. Não houve anúncio de novos recursos, expansão significativa do catálogo ou benefícios que justifiquem o investimento adicional. Para muitos jogadores, o aumento parece mais uma tentativa da Sony de maximizar lucros do que de entregar uma experiência aprimorada, o que alimenta a sensação de que o custo-benefício do PlayStation Plus está em declínio.

Ausência de jogos AAA em Day One

Uma das críticas mais recorrentes ao PlayStation Plus é a ausência de lançamentos AAA da Sony no dia de estreia, uma prática que o Xbox Game Pass adotou com sucesso. Títulos de peso como Spider-Man, The Last of Us e God of War, que poderiam ser uma atração poderosa para o serviço, só chegam aos assinantes muito tempo após o lançamento – e quando chegam.

Essa política contrasta diretamente com a estratégia da Microsoft, que oferece jogos como Starfield e Indiana Jones no dia um, bem como excelentes jogos third-party. Para quem prioriza estar por dentro dos grandes lançamentos, o PlayStation Plus se torna menos atraente.

A espera prolongada por títulos exclusivos da Sony faz com que o serviço pareça mais um complemento tardio do que uma prioridade para quem quer vivenciar o auge do hype de um jogo novo. Essa ausência de lançamentos no dia do lançamento pode ser um fator decisivo para muitos jogadores que buscam experiências mais imediatas e relevantes.

Jogos clássicos: promessa deluxe que não se cumpre

O plano Deluxe, teoricamente o mais completo do PlayStation Plus, aposta na nostalgia ao oferecer jogos clássicos de gerações anteriores, como PS1, PS2 e PSP. No entanto, a execução deixa a desejar.

O catálogo é restrito, com atualizações importantes apenas de vez em quando e uma seleção que não reflete o legado da marca. Títulos icônicos que poderiam justificar o preço elevado, como Metal Gear Solid, God of War ou Silent Hill em versões otimizadas, estão ausentes ou aparecem em quantidade insuficiente para empolgar os assinantes.

Além disso, a falta de melhorias técnicas significativas – como upscale de resolução ou suporte a troféus em todos os jogos – reduz o valor percebido dessa oferta. Para um plano que custa até R$ 691,90 ao ano para novos assinantes, a experiência “premium” prometida não se traduz em algo que valha o investimento.

A concorrência aperta o cerco à medida que o Xbox Game Pass evolui

Enquanto o PlayStation Plus enfrenta essas críticas, o Xbox Game Pass segue em ascensão. A Microsoft tem investido em um catálogo robusto, com lançamentos simultâneos, parcerias com estúdios renomados e a integração de títulos de peso provenientes de aquisições como Bethesda e Activision Blizzard.

Jogos como Hi-Fi Rush, Starfield e futuros lançamentos da franquia Call of Duty no dia um são exemplos de como a empresa agrega valor contínuo ao serviço, mantendo-o atraente mesmo com reajustes próprios.

Além disso, só neste ano os membros do serviço terão, em Day One, DOOM: The Dark Ages, Clair Obscur: Expedition 33, Tony Hawk’s Pro Skater 3+4, To a T e muitos outros que sequer foram revelados, mas que sabemos de sua existência.

Essa diferença de abordagem coloca o PlayStation Plus em uma posição delicada. Sem uma resposta à altura, o serviço da Sony corre o risco de perder assinantes para um concorrente que parece entender melhor as expectativas do público atual.

No Brasil, há ainda um agravante: a falta de suporte ao streaming de jogos via nuvem, disponível em outros mercados no plano Deluxe (Premium, lá fora). Esse recurso, que permite jogar títulos da biblioteca sem a necessidade de download, é um diferencial competitivo em tempos de conexão mais rápida e acessível.

A exclusão do país dessa funcionalidade, sem justificativas claras ou previsão de implementação, reforça a sensação de que os assinantes brasileiros recebem um serviço incompleto, apesar de pagarem valores equiparáveis aos de outros mercados.

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