Joel Estava Certo? Opinião do Criador sobre a Polêmica
- Gustavo Santos
- 3 semanas atrás
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A decisão de Joel em salvar Ellie em The Last of Us, sacrificando a chance de uma cura para a humanidade, é defendida por Neil Druckmann como um ato de amor paternal, enquanto Craig Mazin destaca a complexidade moral da escolha, provocando reflexões sobre amor, sacrifício e consequências das ações.
O final de The Last of Us gerou muitas discussões ao longo dos anos, especialmente após o lançamento de The Last of Us Part II.
Neil Druckmann, diretor dos jogos, compartilha sua visão sobre a polêmica decisão de Joel.
A Decisão Controversial de Joel
A decisão de Joel ao salvar Ellie no final de The Last of Us é um dos momentos mais debatidos na história dos videogames. Para muitos, essa escolha representa um ato de amor paternal, enquanto para outros, é um egoísmo que custou a chance de uma cura para a humanidade.
Neil Druckmann, o criador da franquia, defende a decisão de Joel, afirmando: “Se eu estivesse na posição de Joel, gostaria de ser capaz de fazer o que ele fez para salvar minha filha.” Essa declaração revela a profundidade emocional que permeia o enredo, onde o instinto de proteger um ente querido se choca com a responsabilidade coletiva.
Por outro lado, a controvérsia surge quando se considera o impacto dessa escolha. A possibilidade de Ellie ser a chave para a cura em um mundo devastado pelo Cordyceps pesa na balança moral da decisão. O que é mais importante: salvar uma vida ou salvar a humanidade?
Essa dualidade é o que torna a narrativa de The Last of Us tão rica e complexa. Os jogadores são forçados a confrontar suas próprias crenças sobre moralidade e sacrifício, questionando o que fariam em uma situação semelhante.
Além disso, a morte de Joel nas mãos de Abby, que busca vingança pelo que aconteceu com seu pai, adiciona outra camada de complexidade. A decisão de Joel não apenas moldou seu destino, mas também impactou a vida de muitos outros personagens, tornando-se um catalisador para eventos trágicos que se desenrolam em The Last of Us Part II.
Assim, a escolha de Joel continua a ressoar entre os fãs e críticos, levantando questões sobre amor, sacrifício e as consequências de nossas ações em um mundo implacável.
A Perspectiva de Craig Mazin
Craig Mazin, o showrunner da série The Last of Us, traz uma perspectiva intrigante sobre a decisão de Joel. Em suas palavras, ele reflete: “Isso é muito interessante, porque eu acho que se estivesse na posição de Joel, provavelmente teria feito a mesma coisa que ele fez. Mas eu gosto de pensar que não faria.” Essa declaração destaca a complexidade moral que permeia a narrativa.
Mazin reconhece que a situação de Joel é extremamente difícil. O instinto de proteger Ellie, que se tornou como uma filha para ele, é compreensível em um mundo pós-apocalíptico. No entanto, ele também entende que essa decisão não é simples e que existem consequências profundas e duradouras.
Ele enfatiza que a moralidade da escolha de Joel não é preto no branco. “Esse é um daqueles casos de que há dois lados e uma grande questão de moralidade envolvida,” diz Mazin, ressaltando que a força da narrativa está em sua capacidade de provocar discussões e reflexões.
A série, assim como os jogos, não oferece respostas fáceis. Em vez disso, ela convida os espectadores a explorar as nuances das decisões dos personagens e a questionar o que fariam em situações semelhantes. Essa abordagem faz com que o final do primeiro jogo seja tão provocativo e impactante.
Portanto, a visão de Mazin complementa a de Druckmann, mostrando que, apesar de suas posições como criadores, ambos reconhecem a complexidade da moralidade em The Last of Us. Através de suas palavras, somos lembrados de que cada decisão tem suas repercussões, e que a humanidade muitas vezes se encontra em um dilema entre o que é certo e o que é necessário.