Nos anos 2000, a EA Games teve a oportunidade de adquirir a Activision e a Blizzard, mas optou por não prosseguir, permitindo que a Activision Blizzard seguisse seu próprio caminho, culminando na fusão de 2008 e na aquisição da King, consolidando sua posição no mercado de games.

A EA Games esteve muito perto de adquirir a Activision e a Blizzard nos anos 2000, segundo revelações de ex-executivos.

A Oportunidade Perdida da EA

A EA Games teve uma chance de ouro no início dos anos 2000 para se tornar uma gigante ainda maior no mundo dos games. Durante uma conversa reveladora entre Bing Gordon, ex-CCO da EA, e Bobby Kotick, ex-CEO da Activision Blizzard, ficou claro que a EA estava em negociações para adquirir não apenas a Blizzard, mas também algumas das franquias mais icônicas da Activision, como Call of Duty e Guitar Hero.

Durante o podcast Grit, Gordon mencionou que a EA chegou a conversar sobre a compra, mas, por motivos que não foram totalmente esclarecidos, a empresa decidiu não seguir adiante com as aquisições. Essa decisão, como podemos imaginar, teve um impacto significativo na trajetória da EA e na indústria de jogos como um todo.

O impacto de uma fusão entre EA e Blizzard

Imagine um cenário alternativo onde a EA tivesse adquirido a Blizzard. A fusão poderia ter resultado em uma linha de jogos que unisse o melhor de ambos os mundos, combinando a experiência em desenvolvimento da EA com as franquias de sucesso da Blizzard. Jogos como World of Warcraft poderiam ter evoluído de maneiras inesperadas, e títulos como Overwatch poderiam ter sido moldados sob a influência da EA.

Além disso, a EA poderia ter ampliado seu portfólio, garantindo acesso a uma base de fãs leal e apaixonada. Contudo, a decisão de não adquirir essas empresas pode ser vista como um dos maiores ‘e se’ da história dos jogos. A reflexão sobre essa oportunidade perdida nos leva a questionar como as decisões estratégicas moldam o futuro das empresas e da indústria como um todo.

Impacto na Indústria de Games

A decisão da EA Games de não adquirir a Activision e a Blizzard teve repercussões que vão muito além do que podemos imaginar. Essa oportunidade perdida não apenas afetou o futuro da EA, mas também moldou o panorama da indústria de games nos anos seguintes.

Se a EA tivesse se tornado dona de franquias como Call of Duty e World of Warcraft, é possível que a concorrência no mercado de jogos tivesse tomado um rumo diferente. Com a EA no controle dessas marcas icônicas, poderíamos ter visto uma integração mais profunda entre os jogos da EA e os da Blizzard, resultando em inovações que poderiam ter beneficiado jogadores e desenvolvedores.

A fusão poderia ter impulsionado a EA a investir mais em jogos como StarCraft e Diablo, trazendo novas experiências e atualizações para essas franquias. Além disso, a união das duas gigantes poderia ter gerado um ecossistema mais robusto, onde as tecnologias e plataformas de ambas as empresas se complementassem, resultando em jogos mais imersivos e de alta qualidade.

Por outro lado, a não aquisição permitiu que a Activision Blizzard seguisse seu próprio caminho, culminando na fusão em 2008 e na aquisição da King, que se provou um grande sucesso. Essa movimentação não apenas solidificou a posição da Activision Blizzard como uma das líderes do mercado, mas também ampliou sua influência sobre o desenvolvimento de jogos mobile.

Portanto, a escolha da EA de não seguir adiante com as aquisições pode ser vista como um divisor de águas. O que poderia ter sido um novo capítulo na história dos games se transformou em uma série de oportunidades para outras empresas, moldando a indústria de formas que ainda estamos descobrindo hoje.