7 Jogos em que o Final Ruim é Canônico
- Gustavo Santos
- 3 semanas atrás
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Jogos como Far Cry 5, Metro 2033 e Bioshock utilizam finais ruins para aprofundar a narrativa, refletindo as consequências das escolhas dos jogadores. Esses finais, muitas vezes canônicos, exploram temas de moralidade e sacrifício, desafiando os jogadores a considerar o impacto de suas decisões, como visto em XCOM 2 e Mortal Kombat 11, onde derrotas e vitórias do vilão moldam a continuidade da história.
Nos jogos finais ruins, muitas vezes, a jornada do jogador é marcada por escolhas que levam a diferentes desfechos. Porém, em alguns casos, o final ruim é o que realmente conta, sendo confirmado como canônico pelos desenvolvedores.
Introdução aos Finais Ruins
Quando se fala em finais ruins nos jogos, muitos jogadores podem se perguntar: por que escolher um desfecho sombrio? A verdade é que, em várias narrativas, o final considerado “ruim” não é apenas uma opção, mas sim a conclusão que os desenvolvedores decidiram que faz mais sentido para a história. Esses finais muitas vezes refletem a realidade das escolhas difíceis e das consequências que vêm com elas.
Além disso, esses desfechos podem adicionar uma camada de profundidade emocional, fazendo com que os jogadores reflitam sobre suas decisões e o impacto delas no mundo do jogo. Por exemplo, em jogos como Far Cry 5 e Metro 2033, a escolha do jogador pode levar a resultados drásticos, mas o que realmente se torna canônico é o final que desafia as expectativas e provoca uma reação mais intensa.
Essa abordagem não só enriquece a narrativa, mas também permite que os jogadores experimentem uma gama de emoções, desde a frustração até a aceitação. Em muitos casos, o final ruim serve como um lembrete de que nem sempre as boas intenções resultam em bons resultados, uma lição que ressoa muito além do universo dos games.
1. Far Cry 5: O Final Canônico
Far Cry 5 é um jogo que se destaca pela sua narrativa envolvente e pelas escolhas que o jogador deve fazer ao longo da campanha. A história gira em torno de um culto apocalíptico liderado por Joseph Seed, um antagonista carismático e manipulador. O jogo oferece múltiplos finais, mas o que muitos não sabem é que o final considerado canônico é, na verdade, o mais sombrio.
No jogo, o jogador pode optar por não confrontar Joseph Seed, resultando em um final em que a cidade é consumida pelo caos. Contudo, se o jogador decide lutar, ele descobre que Joseph estava certo o tempo todo e, no clímax da história, uma bomba nuclear explode, devastando a região. Este final não só surpreende como também serve como uma crítica à natureza da luta contra o mal e as consequências das ações humanas.
O que torna esse final ainda mais impactante é a sequência Far Cry New Dawn, que se passa no mesmo cenário, confirmando que a explosão nuclear é, de fato, o desfecho canônico. Essa continuidade reforça a ideia de que, independentemente das escolhas do jogador, o resultado trágico é inevitável, fazendo de Far Cry 5 um exemplo perfeito de como um final ruim pode ser essencial para a narrativa de um jogo.
2. Metro 2033: O Destino dos Dark Ones
Metro 2033 é um jogo baseado no romance homônimo de Dmitry Glukhovsky, ambientado em um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade sobrevive em um sistema de túneis de metrô, após uma guerra nuclear devastadora. O jogo apresenta duas opções de finais: um considerado “bom” e outro “ruim”. No entanto, a sequência Metro: Last Light opta por seguir o desfecho negativo como o canônico.
Para alcançar o final bom em Metro 2033, o jogador precisa manter um sistema de karma extremamente positivo, o que é uma tarefa desafiadora. Caso o jogador falhe em manter esse karma, o ataque nuclear aos Dark Ones se torna o desfecho inevitável. Este final é marcado pela tragédia, onde a humanidade, em sua busca por sobrevivência, acaba por sacrificar uma espécie que poderia ter sido salva.
Na sequência, Metro: Last Light, a narrativa continua a partir do final ruim de Metro 2033, confirmando que o ataque nuclear é o desfecho canônico. Essa escolha narrativa não apenas reforça a ideia de que as consequências das ações do protagonista, Artyom, são irreversíveis, mas também provoca uma reflexão sobre a moralidade das decisões tomadas em tempos de desespero. O destino dos Dark Ones se torna um símbolo da luta pela sobrevivência e das escolhas que definem a humanidade em um mundo devastado.
3. XCOM Enemy Unknown: A Vitória dos Alienígenas
XCOM Enemy Unknown é um jogo de estratégia em turnos que coloca os jogadores no comando de uma força de defesa global contra uma invasão alienígena. A dificuldade do jogo é notória, e muitos jogadores acabam falhando na missão final. Essa falha se torna uma parte crucial da narrativa, pois, ao não conseguir derrotar os alienígenas, o jogador testemunha a destruição da Terra.
O interessante é que, ao longo da série, os desenvolvedores decidiram que esse final catastrófico seria o canônico. Em XCOM 2, que se passa 20 anos após os eventos do primeiro jogo, o mundo é apresentado como um lugar dominado pelos alienígenas, refletindo a derrota da humanidade. Essa escolha não apenas valida a dificuldade do jogo, mas também destaca a ideia de que as consequências das ações dos jogadores podem ser dramáticas e irreversíveis.
Com essa abordagem, XCOM Enemy Unknown e sua sequência criam um ciclo narrativo onde a derrota não é apenas uma possibilidade, mas uma realidade que molda o futuro da história. Essa escolha provoca uma reflexão sobre a luta contra adversidades e a resiliência da humanidade diante de um inimigo aparentemente invencível, tornando a experiência de jogo ainda mais impactante e memorável.
4. Shadow Hearts: Sacrifícios e Consequências
A franquia Shadow Hearts é conhecida por sua narrativa complexa e por explorar temas sombrios e emocionais.
No primeiro jogo, a história começa a partir do final ruim de Koudelka, o que já estabelece um tom trágico desde o início.
Ao longo da trilogia, essa abordagem se repete, onde as escolhas dos personagens frequentemente levam a desfechos sombrios.
No final do primeiro Shadow Hearts, a protagonista Alice sacrifica sua vida para salvar Yuri, o herói da história.
Este sacrifício resulta em um final considerado “ruim”, mas que se torna canônico na sequência, Shadow Hearts: Covenant.
Aqui, Yuri descobre uma maneira de evitar a morte de Alice e, através de um enredo que envolve viagem no tempo, ele tenta garantir um final melhor.
Essa dinâmica de sacrifícios e consequências é um dos pilares da narrativa de Shadow Hearts.
Os desenvolvedores utilizam esses finais trágicos para explorar a profundidade emocional dos personagens e as implicações de suas decisões.
A ideia de que os finais ruins são canônicos não apenas acrescenta um peso dramático à história, mas também provoca os jogadores a refletirem sobre o valor dos sacrifícios e as escolhas que fazemos, mesmo em situações desesperadoras.
5. Bioshock: As Escolhas que Definem o Fim
Bioshock é um jogo que se destaca não apenas por sua jogabilidade envolvente, mas também por sua narrativa profunda e filosófica. Ao longo da aventura em Rapture, os jogadores são confrontados com uma escolha moral crucial: salvar as Little Sisters ou colher ADAM, o recurso que garante poderes adicionais.
Essa decisão não apenas influencia o desenrolar da história, mas também determina o final do jogo.
Se o jogador optar por salvar as Little Sisters, elas o ajudarão a derrotar o antagonista ATLAS no final, resultando em um desfecho positivo onde o protagonista garante uma vida feliz para as meninas na superfície. No entanto, se o jogador escolher colher o material genético das Little Sisters, o resultado é um final sombrio, onde as consequências dos experimentos em Rapture se espalham pelo mundo, levando a uma calamidade.
O que torna Bioshock particularmente interessante é a reflexão sobre as escolhas que fazemos e como elas moldam nosso destino. Ken Levine, o criador do jogo, já mencionou que a decisão de incluir múltiplos finais foi influenciada por questões de narrativa, mas a intenção original era apresentar um encerramento mais sombrio e ambíguo.
Essa dualidade nas escolhas e finais não apenas enriquece a experiência do jogador, mas também provoca uma discussão sobre moralidade e as repercussões de nossas ações, tornando Bioshock um marco na história dos videogames.
6. Mortal Kombat 11: Multiverso e Finais Canônicos
Mortal Kombat 11 traz uma nova camada de complexidade à sua narrativa ao explorar o conceito de multiverso, onde diferentes realidades e finais podem coexistir.
Após a vitória de Liu Kang contra Kronika, ele se torna o guardião do tempo, mas a introdução do DLC Aftermath apresenta uma nova dinâmica, permitindo que jogadores escolham entre diferentes finais.
Um dos finais possíveis mostra Liu Kang reconstruindo o universo a partir do zero, o que leva a mudanças significativas que são vistas em Mortal Kombat 1.
No entanto, o final “ruim”, onde Shang Tsung toma a coroa e assume o controle, também é considerado canônico. Essa escolha de ter múltiplos finais canônicos é uma decisão ousada dos desenvolvedores, pois permite que a narrativa se expanda e se adapte, oferecendo aos fãs uma variedade de possibilidades.
A inclusão de finais canônicos que divergem das expectativas tradicionais desafia a noção de que sempre deve haver um “bom” final. Em vez disso, Mortal Kombat 11 apresenta um universo onde tanto a vitória quanto a derrota podem coexistir, refletindo a complexidade das histórias e das escolhas dos personagens.
Essa abordagem não só enriquece a narrativa, mas também permite que os jogadores se sintam mais envolvidos, pois suas decisões têm um peso real no desfecho da história.
7. Fatal Frame: Sacrifícios e Finais Sombrio
A série Fatal Frame, também conhecida como Project Zero, é famosa por sua atmosfera aterrorizante e por explorar temas de sacrifício e tragédia.
Em vários jogos da franquia, os finais ruins são considerados canônicos, o que intensifica a experiência emocional e o impacto das decisões dos personagens.
No primeiro título, apesar de haver um final onde Miku e Mafuyu conseguem escapar da caverna com vida, o desfecho canônico é aquele em que Mafuyu se sacrifica para ficar com Kirie, o espírito atormentado que está por trás do ritual.
Essa escolha trágica não apenas define o tom da narrativa, mas também ressalta a ideia de que a luta contra forças sobrenaturais muitas vezes exige sacrifícios dolorosos.
No segundo jogo da série, o final canônico também é sombrio, com Mio matando sua irmã Mayu como parte de um ritual.
Essa repetição de finais trágicos ao longo da série não só reforça a temática de sacrifício, mas também provoca uma reflexão sobre as consequências das escolhas feitas em situações extremas.
Os desenvolvedores utilizam esses desfechos para criar uma atmosfera de desespero e inevitabilidade, fazendo com que os jogadores sintam o peso das decisões que levam a esses finais sombrios.
Com isso, Fatal Frame se destaca como uma franquia que não tem medo de explorar as partes mais sombrias da natureza humana e as consequências de nossas ações, tornando a experiência de jogo não apenas aterrorizante, mas também profundamente emocional.