A Pesquisa Game Brasil 2025 revelou que 53,2% dos jogadores no Brasil são mulheres, com Millennials e Geração Z dominando o mercado, preferindo smartphones como principal plataforma. Além disso, 38,2% dos entrevistados jogam apostas online, destacando novas tendências no entretenimento digital. A pesquisa também apontou o fortalecimento de laços familiares por meio de jogos e uma crescente diversidade demográfica entre os jogadores, com maior participação de diferentes classes sociais e etnias.

A pesquisa sobre jogadores no Brasil revelou que 82,8% da população já se considera jogador, de acordo com a PGB 2025.

Dados da Pesquisa Game Brasil 2025

A Pesquisa Game Brasil 2025 revelou dados impressionantes sobre o consumo de jogos digitais no Brasil. Com um total de 6.282 entrevistados em 26 estados e no Distrito Federal, o levantamento mostrou que 82,8% da população brasileira afirma ser jogadora, um aumento significativo de 8,9 pontos percentuais em relação a 2024.

Esse crescimento é o maior já registrado pela pesquisa, refletindo a crescente popularidade dos jogos digitais entre os brasileiros. A pesquisa também destacou a relação cultural que se estabelece entre as famílias e os jogos, com muitos pais jogando com seus filhos, criando um ambiente familiar em torno do entretenimento digital.

Além disso, a pesquisa trouxe à tona a ascensão dos jogos de aposta online, que se tornaram uma parte relevante do mercado, atraindo um público diversificado e engajado. Essa nova dinâmica no consumo de jogos reflete não apenas uma mudança nas preferências, mas também um aumento na renda familiar e na acessibilidade a dispositivos de jogos.

Os dados da PGB 2025 não apenas informam sobre quem está jogando, mas também sobre como e por que as pessoas se envolvem com os jogos, fornecendo insights valiosos para desenvolvedores e empresas do setor.

Segmentação por Gerações

A segmentação por gerações na Pesquisa Game Brasil 2025 foi um dos destaques que permitiu uma análise mais aprofundada do comportamento dos jogadores. A pesquisa implementou parâmetros mais precisos para entender as preferências e hábitos de consumo de diferentes faixas etárias, incluindo a Geração Z (pessoas entre 15 e 29 anos), os Millennials (entre 30 e 44 anos) e outras gerações.

Com essa segmentação, foi possível identificar como cada grupo se relaciona com os jogos digitais e quais são suas motivações. Por exemplo, a Geração Z, que cresceu em um ambiente digital, tende a preferir jogos que oferecem uma experiência social e interativa, enquanto os Millennials podem buscar jogos que proporcionem uma pausa do dia a dia e entretenimento mais casual.

Além disso, a pesquisa revelou que os hábitos de jogo variam significativamente entre as gerações. Os jovens da Geração Z, por exemplo, são mais propensos a jogar em dispositivos móveis, enquanto os Millennials costumam preferir consoles e PCs. Essa diferença na escolha de plataformas reflete não apenas as preferências pessoais, mas também as condições socioeconômicas e o acesso à tecnologia.

Com essas informações, desenvolvedores e empresas podem criar estratégias de marketing mais direcionadas, adaptando seus produtos e serviços às necessidades específicas de cada geração, garantindo assim uma melhor conexão com seu público-alvo.

Impacto dos Jogos de Aposta Online

O impacto dos jogos de aposta online foi um dos pontos mais significativos abordados na Pesquisa Game Brasil 2025. Pela primeira vez, os jogos de sorte apareceram de maneira marcante nas respostas dos entrevistados, com 38,2% afirmando jogar jogos recreativos de sorte. Essa presença crescente indica uma mudança nas dinâmicas de consumo de entretenimento digital no Brasil.

Os dados mostram que 39% dos jogadores de apostas participam pelo menos uma vez por semana, e entre eles, 14,2% jogam quatro vezes ou mais na mesma semana. A maioria dos apostadores (89,9%) investe dinheiro em jogos de sorte, com 34,6% gastando entre R$51 e R$200 mensalmente, e 8,6% gastando mais de R$500 por mês. Isso reflete uma disposição considerável do público em investir em entretenimento que, para muitos, se torna uma forma de lazer e, em alguns casos, uma tentativa de aumentar a renda.

Além do aspecto financeiro, a pesquisa também levantou questões sobre as motivações que levam os jogadores a participar desses jogos. Aproximadamente 43,9% dos entrevistados jogam principalmente para ganhar dinheiro, enquanto 30,4% buscam a emoção da vitória e 29% utilizam os jogos como uma forma de relaxamento. Essa multiplicidade de motivos mostra como os jogos de aposta online se entrelaçam com as expectativas e necessidades emocionais dos jogadores.

O CEO do SX Group, Guilherme Camargo, destacou que a relação entre jogos de aposta e jogos digitais está se tornando cada vez mais complexa, com muitos consumidores vendo os jogos de sorte como uma extensão do entretenimento digital. Essa interconexão sugere que as empresas do setor devem considerar cuidadosamente como posicionar seus produtos para atender a essa nova demanda.

Perfil Demográfico dos Jogadores

O perfil demográfico dos jogadores brasileiros, segundo a Pesquisa Game Brasil 2025, revela uma diversidade interessante entre os consumidores de jogos digitais. A pesquisa destacou que 53,2% do público que consome jogos digitais são mulheres, um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior, indicando um crescimento na participação feminina nesse segmento.

A maioria dos jogadores é composta por Millennials (entre 30 e 44 anos), que representam 49,4% da amostragem. Essa faixa etária é seguida pela Geração Z, que também mostra um envolvimento significativo com os jogos digitais. Além disso, a pesquisa destacou que a classe média é a maior representativa, com 44,4% dos jogadores concentrados nas classes B2, C1 e C2.

Entretanto, a pesquisa também revelou uma mudança nas classes de maior poder aquisitivo, com a classe A representando 17,1% dos jogadores (+1,2% em relação a 2024) e a classe B1 com 19,3% (+7,7%). Curiosamente, as classes D e E tiveram um aumento significativo de 12,8%, chegando a 20,3% da amostragem, mostrando que os jogos digitais estão se tornando acessíveis a um público cada vez mais amplo.

Em termos de etnia, a pesquisa revelou que 53,9% dos jogadores se identificam como brancos, enquanto pretos e pardos representam 43,9%. Essa diversidade é crucial para entender como diferentes grupos interagem com o universo dos jogos e quais são suas preferências.

Por fim, a plataforma preferida para jogar continua a ser o smartphone, com 40,8% dos jogadores optando por essa forma de entretenimento. No entanto, houve uma queda de 8 pontos percentuais em relação ao ano anterior, enquanto a preferência por consoles aumentou em 3 pontos percentuais, atingindo 24,7%. O computador também viu um aumento, subindo para 20,3%. Essas mudanças nas preferências de plataforma refletem a evolução do mercado e as diferentes experiências que cada dispositivo pode oferecer.

Relação entre Pais e Filhos nos Jogos Digitais

A relação entre pais e filhos nos jogos digitais foi um foco importante da Pesquisa Game Brasil 2025, que investigou como as novas gerações interagem com o universo dos jogos. A pesquisa identificou que a Geração Alpha (crianças entre 0 e 14 anos) já apresenta características distintas em comparação com gerações anteriores, especialmente em relação ao uso de plataformas de jogos.

Entre os pequenos, 38,3% optam por jogar em consoles, enquanto as gerações mais velhas tendem a preferir dispositivos móveis. Essa mudança de preferência indica que as crianças estão cada vez mais expostas a experiências de jogo mais imersivas e sociais, que os consoles podem oferecer.

Um dado interessante é que a maioria dos pais participa ativamente do ato de jogar com seus filhos, criando um ambiente familiar em torno dos jogos digitais. Essa prática não apenas fortalece os laços familiares, mas também ajuda os pais a entenderem melhor o que seus filhos consomem e como se divertem. Dentre os entrevistados, muitos afirmaram que jogar com os filhos é uma maneira de compartilhar momentos de qualidade e de se conectar com as novas culturas de entretenimento.

A pesquisa também revelou que 53,6% das crianças têm entre 10 e 15 anos, e 21,8% delas jogam entre 8 e 20 horas semanais. Além disso, quase metade da Geração Alpha (aproximadamente 42,7%) joga online todos os dias, mostrando um alto engajamento com os jogos digitais e uma familiaridade crescente com o ambiente virtual.

Outro dado relevante é que 19,2% das crianças afirmaram ter gasto entre R$ 101 e R$ 300 com jogos no último ano, o que demonstra que elas não apenas jogam, mas também estão se envolvendo ativamente na economia dos jogos. Essa realidade ressalta a importância de discutir com as crianças sobre consumo responsável e as implicações financeiras dos jogos digitais.

Em resumo, a relação entre pais e filhos nos jogos digitais está se tornando cada vez mais significativa, com os jogos servindo como um ponto de conexão e interação familiar. A pesquisa sugere que essa dinâmica pode ter um impacto positivo no desenvolvimento social e emocional das crianças, à medida que elas aprendem a compartilhar experiências e a se engajar em conversas sobre o que estão jogando.