As traições nos jogos de PlayStation, como em The Last of Us, God of War, Infamous: Second Son e Bloodborne, são momentos marcantes que intensificam a narrativa, explorando dilemas morais, manipulações e desafios à confiança, enriquecendo a experiência dos jogadores com reflexões sobre lealdade e relações humanas.

As traições nos games são momentos que ficam marcados na memória dos jogadores. Muitas vezes, essas reviravoltas emocionais transformam a experiência de jogo, como no caso de Joel em The Last of Us, que mente para Ellie no final do primeiro game. Neste artigo, vamos explorar as mais impactantes traições na história dos jogos de PlayStation.

Joel e a traição em The Last of Us

No icônico The Last of Us (2013), a traição não vem de um vilão clássico, mas sim de Joel, o protagonista. Ao longo do jogo, Joel e Ellie desenvolvem um vínculo profundo enquanto atravessam um mundo devastado por um vírus. Porém, no final, Joel se vê diante de uma escolha impensável que mudará suas vidas para sempre.

Quando Ellie, a última esperança da humanidade, está prestes a ser sacrificada para encontrar uma cura, Joel toma uma decisão drástica: ele mata os cirurgiões da faculdade e impede que Ellie seja sacrificada, sabendo que ela morreria no processo. Essa ação, embora motivada pelo amor, se transforma em uma traição para com a humanidade, pois ele destrói a única chance de salvação da espécie.

O final do jogo deixa uma sensação de traição em vários níveis: para Ellie, que descobre a verdade, para os outros sobreviventes que esperavam por uma cura, e até mesmo para os jogadores, que se veem divididos entre a proteção de Ellie e a responsabilidade moral de salvar a humanidade.

Essa complexidade emocional da traição de Joel é um dos pontos altos do jogo, fazendo com que os jogadores reflitam sobre o que estão dispostos a fazer por amor e a que custo. A escolha de Joel ressoa profundamente, tornando The Last of Us um dos jogos mais memoráveis da história, não apenas pelo seu gameplay, mas pela profundidade de suas narrativas.

Kratos e a traição de Ares em God of War

No primeiro God of War (2005), a história de Kratos é marcada por uma traição devastadora vinda de Ares, o deus da guerra. Kratos, um guerreiro espartano, busca vingança contra os deuses do Olimpo após ser manipulado por Ares para cometer atos terríveis. Em sua busca por poder, Ares o utiliza como uma marionete, levando Kratos a matar sua própria esposa e filha, deixando-o marcado pela culpa e pela dor.

A traição de Ares se revela quando ele abandona Kratos em sua jornada, tentando matá-lo após ter usado suas habilidades para seus próprios fins. Essa manipulação não apenas transforma Kratos no “Deus da Guerra”, mas também o condena a uma vida de tormento e vingança, criando um ciclo de violência e arrependimento.

A narrativa de God of War é profundamente ligada a esses momentos de traição, onde Kratos não apenas busca a vingança contra Ares, mas também enfrenta seus próprios demônios internos. A jornada de Kratos é uma exploração da culpa, da traição e da busca por redenção, tornando a experiência do jogador emocionalmente complexa e envolvente.

Essa traição não só define o caráter de Kratos, mas também estabelece o tom para toda a franquia, onde temas de traição e vingança são recorrentes. A relação entre Kratos e Ares é um exemplo poderoso de como a traição pode moldar destinos e criar heróis e vilões em um mundo repleto de conflitos.

Clyde e a traição em Infamous: Second Son

Em Infamous: Second Son (2014), a jornada do protagonista Delsin Rowe é marcada por um momento de traição que abala suas convicções. Delsin, um jovem com poderes especiais, está em uma missão para lutar contra a organização militar conhecida como DUP, que persegue e controla pessoas com habilidades como as suas.

Durante sua trajetória, ele acredita estar cercado por aliados, incluindo Clyde, um personagem que se apresenta como seu amigo e companheiro de luta.

A verdadeira traição acontece quando Clyde revela suas verdadeiras intenções: ele está, na verdade, trabalhando para a DUP. Esse momento de revelação não apenas choca Delsin, mas também o jogador, que se vê questionando a lealdade dos personagens ao seu redor. A manipulação de Clyde transforma a dinâmica do jogo, levando Delsin a repensar em quem pode confiar.

Essa traição é um ponto crucial na narrativa, pois expõe a fragilidade das alianças e como a confiança pode ser facilmente quebrada. O ato de Clyde não apenas altera o rumo da história, mas também provoca uma reflexão sobre a natureza das relações humanas em um mundo repleto de incertezas e traições.

Com essa reviravolta, Infamous: Second Son se destaca por sua abordagem emocional e pelas complexidades de seus personagens, fazendo com que o jogador se envolva ainda mais na luta de Delsin contra a opressão e na busca por justiça. A traição de Clyde é um lembrete poderoso de que, em tempos de conflito, nem todos aqueles que parecem amigos realmente são.

A traição de Severin em Bloodborne

No sombrio universo de Bloodborne (2015), a traição é um tema central que permeia a narrativa e a experiência do jogador. Um dos momentos mais impactantes ocorre com Severin, um personagem que inicialmente parece ser um aliado confiável na luta contra as forças malignas que assolam a cidade de Yharnam.

Ao longo do jogo, os jogadores desenvolvem uma conexão com Severin, acreditando que ele está ao lado do protagonista na busca por respostas e na luta pela sobrevivência.

No entanto, a verdadeira traição se revela quando Severin, que parecia ser um amigo leal, revela suas verdadeiras intenções. No clímax do jogo, ele tenta destruir o jogador ao invocar o chefe final, transformando-se em um dos maiores inimigos da história. Esse momento de traição é devastador, pois a confiança que foi construída ao longo do jogo é brutalmente desmantelada.

A traição de Severin não apenas aumenta a tensão e o drama da narrativa, mas também provoca uma profunda sensação de vulnerabilidade no jogador. A reviravolta faz com que os jogadores reflitam sobre a natureza das alianças e como a desconfiança pode surgir mesmo nas situações mais inesperadas.

Essa dinâmica de traição é um dos elementos que torna Bloodborne uma experiência tão memorável e impactante.

Além disso, a traição de Severin encapsula a atmosfera de horror e desespero que permeia o jogo, reforçando a ideia de que, em um mundo repleto de monstros e horrores, até mesmo aqueles que parecem ser aliados podem se voltar contra você. Essa complexidade emocional e a imprevisibilidade das relações são o que tornam Bloodborne um clássico cult entre os fãs de jogos de ação e RPG.